domingo, 4 de outubro de 2015

Os contrastes das Beiradas 04 de outubro de 2015

Poderia falar dos contrastes das beiradas com relação aos dias de sol ou nublado, mas os contrastes aos quais me refiro é com relação aos cuidados. Há pouco tempo a Prefeitura, instada por uma ação interposta por um cidadão, retirou todos os clubes de canoas polinésias da Praia Vermelha. o motivo: a poluição visual do ambiente juntamente com stand ups, caiaques e barcos de pescas colocados de forma desordenada.
Hoje fiz uma visita à praia e de longe tive uma ilusão de que realmente a praia estava mais bonita, mais acessível. Lêdo engano, o descaso com a praia vai além de uma ordem judicial para retirada de um pólo de esporte. O descaso está ali, visível na areia.






E onde estão os contrastes? Ali, atravessando a ponte Rio-Niterói. Do outro lado onde o município emenda com Niterói. Ao largo de Icaraí, São francisco, Charitas, Jurujuba vemos as mesmas águas maltratadas desde a Apa de Guapimirim, mas pela orla dá uma impressão de ordem. Praias mais cuidadas e ao longo do trajeto até Jurujuba, alguns clubes de canoas polinésias estrategicamente colocados em ordem horizontal, como prega a cartilha de conforto visual. Nada esconde a beleza das beiradas e diria mesmo que ali as beiradas ainda que não sejam mais belas, parecem mais bem tratadas.





Tão bem tratada quanto o forte de Santa Cruz, estratégico na defesa da baía de Guanabara e cheio de riquezas históricas que permaneceram cravadas nas beiradas apesar de tanto descaso. Vale a visita guiada de uma hora.
Descobri um tanto de coisas que gostaria de passar aos meus amigos remadores que vira e mexe atravessam o canal e ficam na base do forte sobre uma canoa polinésia, bebendo água, mergulhando e conversando sobre um pouco de um tudo. Tentarei da próxima vez reproduzir um tanto de um pouco que ouvi.































Que os contrastes sirvam para realçar o que é belo, o que é bom. Que os contrastes façam com que resgatemos junto com os fatos históricos, os entornos mais limpos e organizados. De forma que possamos olhar as beiradas e conseguir imaginar o tempo de longe aqui presente, naquilo que foi bom.

terça-feira, 14 de julho de 2015

15 de julho de 2.015. Faz tempo....

Faz tempo não venho aqui, não falo das beiradas, não falo da gente das beiradas e nem dos bichos. Hoje venho falar das águas transparentes que vi nos últimos dias, dos botos em dezenas que nadamos outro dia, do rabo da baleia jubarte que subiu no meio dos golfinhos e de gente sorrindo e brincando com os botos.






Aproveito para com isso lançar mais uma vez o meu protesto contra a poluição desenfreada, que desbota tudo que é colorido e que nos faz duvidar que ainda nadaremos em uma baía limpa. Que teremos espaços nas beiradas para implantar clubes de canoagem estimulando a população a frequentar mais as beiradas. Que o Rio se tornará exemplo para o resto do mundo.
Afinal, somos patrimônio da humanidade!














Permaneço todos os dias por ali, nas beiradas. Contemplando, me sentindo feliz, me entristecendo, me surpreendendo e contagiando um a um para que possamos contagiar cada vez mais gente e chamar atenção cada vez mais para o belo e para o feio.
Assim, diante de tantas contradições quem sabe não iremos descobrir o que realmente pode ser bom e funcionar?
Imua!