terça-feira, 11 de dezembro de 2012

11 de dezembro de 2012. Remada em família.

Têm dias que o mar nos acolhe como a um filho, tal como hoje. Mar calmo com alguma turbulência na virada do forte São João, transparente nas beiradas da Praia da Urca, negro abissal na enseada da praia do meio do Forte São João.
Sujo, muito sujo, com direito a espumas e coisas esquistas boiando. As areias não ficam atrás, imundas. Essas beiradas vivem uma ressaca eterna do convivio com seus frequentadores. As beiradas da Praia Vermelha escapam um pouco dessa fúria poluente, estavam mais belas cedinho.












Paolo veio comigo na canoa dupla. Bom de ver na canoa da frente um remador que não faz tempo sobrava no espaço dos nossos braços.
Dia de sol, de imenso calor logo às sete da manhã.
Cedo já saía a turma do Rodrigo das terças e quintas. O Urca Vaa também já ia e voltava com seus turnos de remadores, assim como o pessoal da Rio Vaa lá na outra extremidade da praia.
Fomos em uma remada curta, mais para reunir do que exatamente se exercitar. Mas a reunião é um exercício constante de encontros, desencontros, troca de afeto e silêncio. É tal qual o mar, observar para aprender a cuidar e conviver.





















Manhã de belos retornos tal qual o do Tiago que foi lá nas beiradas ajudar a amarrar o iaco da Maia. Pronto, depois de um tempo e de alguns consertos, Maia já está pronta para enfrentar novos mares com novos visitantes. Pronta para se juntar à Abaeté, Juréia, Janaína, Hugo, Paolo e tantas outras figuras que no final das contas vem da mesma raiz e formam uma única família.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

06 de dezembro de 2012. Ida sem volta.

As meninas me perdoem mas hoje a manhã estava digna de registro. Máquina na mão e vez em vez interrompia o leme para fotografar. Vapt vupt para não perder o embalo... penso que ninguém sentiu.
Sol nascendo lindo lá na Cotunduba e canoa feminina entrando na água às 5:50 da matina. Todas precisavam voltar cedo.
O comando era deixar a canoa lá na beirada da Praia da Urca para abrir espaço no cavalete para as canoas que irão participar da Rio Va'a neste sábado.






































Ester foi lá na voga em uma remada longa e profunda. A dica de hoje era remar concentrado na própria remada ajustando o próprio movimento. Do grupo buscaríamos apenas a referência do conjunto, da sincronia. Logicamente todas sabemos que os remadores da canoa devem ser o espelho do banco 1, a voga.  Todas sabiam, pás, tronco e balanço faziam o mesmo movimento.
Mar alternando correntes, o que dava para perceber na variação de temperatura da água. Na enseada da Praia Vermelha as águas estão frias, na esquina do Pão de Açúcar aquecem para depois gelar novamente na reta do forte São João. No Cara de Cão as águas ficam  quentes e escuras.
Na reta do Pão de Açúcar para o forte São João uma corrente gostisa empurrava a canoa, porém foi só fazer a curva e a canoa enterrou no mar sujo e pesado da baía de Guanabara. Mas ninguém mandou soltar a canoa, dava para reconhecer que era a corrente e não o leme fotografando...
A baía de Guanabara amanheceu imunda, com peixes mortos boaiando e muito lixo. Triste.
Remadinha rápida de ida para a Praia da Urca com direito ao contorno do Santinho, estátua de São Pedro. Depois foi colocar  a canoa no cavalete e 7:30 já estávamos em casa prontas para o resto do dia.