sexta-feira, 29 de abril de 2011

TAÇA COMODORO 2011 31 de abril e 01 de maio

Va’a Hoe Brasil 2011 - Taça Comodoro ICRJ
Etapa Sul-americana do Circuito Mundial de V1 Longa Distância
7° ano da prova de Va´a da Taça Comodoro
 Categorias: V1 (canoa polinésia tradicional), V1R (com leme), V6 (6 remadores), K1 (caiaque oceânico individual), Surfski

Largada da prova de V6 da Taça Comodoro 2007 - Praia da Urca e Pão de Açúcar, Rio de Janeiro.

AVISO DE PROVA FINAL
Favor atentar as modificações de programação, horários e percursos


A Taça Comodoro, tradicional regata de vela organizada pelo Iate Clube do Rio de Janeiro, compreende provas de Canoa Polinésia desde 2005.

A 7ª edição da prova de Va´a da Taça Comodoro 2011 será este ano o palco da prova Va’a Hoe Brasil 2011 – 1ª edição da Etapa Sul-americana do Circuito Mundial de V1 longa distância e pela primeira vez, a prova será também aberta para caiaque oceânico individual e surfski.

A prova Va’a Hoe Brasi - Taça Comodoro ICRJ 2011 é regulamentada pela Federação Internacional de Va’a (FIV), pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBVa’a - Comitê de Va’a) e pela Federação de Canoagem do Estado do Rio de Janeiro (FECAERJ);

A prova é promovida pelo Rio Va’a Clube e o Iate Clube do Rio de Janeiro – Escola de Desportos Náuticos (EDN).

29 de abril de 2011. Dia de descanso!





Dia de descanso, mas nem tanto. A despedida da chuva está convidando para passear pelo percurso da prova da Taça Comodoro. Sendo assim, Abaeté foi ao mar.
Pena ver as águas da Praia da Urca tão sujas, a baía de Guanabara é mesmo deslumbrante com aquele imenso Cristo Redentor implorando de braços abertos uma cidade mais limpa. Logo em frente o Pão de Açúcar se debruça sobre as águas negras levando para longe os olhares dos turistas que sobem de bondinho. De longe tudo é lindo, mas ali... de perto também.



Mar delicioso de remar e avisando que foi boa a escolha de competir com Vahine no domingo. Isso se o mar continuar liso e o tempo sem vento. Mas ainda assim colado ao Forte Lage o mar encrespa um pouco e uma ondulação lateral que vai em direção à ponte Rio Niterói obriga o leme  a forçar a canoa um pouco para  a direita. Não muito para a direita, pois ondas traiçoeiras lambem as esquinas do forte Lage. Se o trajeto for por trás da ilha, tranquilo. Mas por trás também está uma delícia de voltar, perderíamos esse deleite.













Logo depois do Lage já vem a bóia de retorno e amanhã será dia de contorná-la duas vezes, hoje foi dia de descanso, portanto uma vez foi suficiente. Suficiente para se arriscar a passar rente de duas andorinhas do ártico que se comportaram e não nos atacaram.
Juntinho passou um imenso navio transportando dezenas de containers. É lindo passar perto e ver a ondulação que ele causa. Amanhã devemos ficar atentos, alguns passam bem rente à bóia.





Niterói é lindo, mas ao virarmos de volta para a enseada da Guanabara o Cristo Redentor nos faz perder o fôlego. E de remada em remada vamos nos maravilhando com o Cara de Cão, o Forte do Lage, as cavernas, a cidade acordando. É indescritível remar dentro da baía, ainda que as águas verdes, lisas e transparentes de Ipanema hoje tentem me convencer que não foi o melhor trajeto.






Na volta o encontro com a equipe Nem que nem estava junta na mesma canoa, remavam em canoas individuais... mas ainda assim bem juntos. Pareciam de longe um catamarã.


Lá nas areias Bruno e Marquinhos espantavam  a preguiça com suas aulas de caiaque e Martina que chegara de calça jeans e cachecol já estava  a caráter dentro do caiaque aprendendo a quase virar. Mais um pouquinho chegava Debora para disputar um lugar com a estátua de São Pedro. São Pedro no mar, Debora nas areias... um olha para a terra, outra olha para o mar.




Lá nos cavaletes Gal e Gil esperando alguma alma boa para as engordar ainda mais, já estão totalmente fora de linha, precisam remar...




quinta-feira, 28 de abril de 2011

27 de abril de 2.011. Hoje não é dia de fotografia!





Dia nublado, de tão nublado virou até chuva fina, mas daquelas que quase não molham. Um ligeiro frio pediu uma blusa de manga comprida mais fina mas a água do mar está quente. Quente e um pouco mexida pelos costões. Ondulação esquisita que pareceu tirar o pesoda canoa ao apontarmos para o Clube Marimbás.
As beiradas da Praia Vermelha ainda estavam escuras quando começou a chegar a equipe estreante masculina e a equipe feminina para um dos últimos treinos antes da Taça Comodoro que acontece dia 01 de maio ali no Iate Clube.
Primeiro de maio é dia do trabalho, hoje também. A maré um pouco pesada deu um certo trabalho mas nos deixou chegar ao posto 6 em 28 minutos de remada. Águas com bastante lixo boiando mas ainda assim Copacabana está linda vestida de cinza.




Mergulho no posto 6? Fotografias? Não, nada disso. O pedido foi retornar sem parar e ainda fazer uma barriga pela orla. Fomos beirando as beiradas e subindo em algumas ondas que não chegavam a  assustar. Sensação de que a volta estava mais leve do que ida mas depois de ler o GPS foi constatado que foi mais lenta. Talvez pela subida lenta rente ao caminho do pescador ali no Leme. Foi o trecho em que demos uma travada. Encontramos os meninos por ali, também voltando... que bom, ajuda providencial para desembarcar a canoa!
Mas passamos bem pelas esquinas do Leme e da Ilha do Anel e ainda pude roubar umas imagens na volta. Mas com muito cuidado para ninguém pensar que eu me associara à maré pesada e aproveitava para travar a canoa. Meu suor não me deixaria mentir que também estava me esforçando, mas poderia bem ser a chuva...
As fotos? Quase todas desfocadas pela pressa de voltar o remo para a água. Hoje definitivamente não foi dia de fotografia!



Nas areias apenas a canoa da Rio Vaa saindo em direção à Praia da Urca e mais ninguém no mar. Nem barco de pesca. A chuva realmente espanta, mas quem vai para as beiradas conferir descobre um Rio de Janeiro sonolento e prazeroso.
Valeu a manhã e a chuva sempre serve para formar a pocinha pocilga dali da calçada que nos deixa entrar no carro com os pés limpos!

28 de abril de 2011. Antes que o dia termine...






Antes que o dia termine, é preciso navegar. Por pouco me engano com o tempo e acredito no torpedo que me avisa que tem chuva grossa lá fora. Pois a chuva grossa anunciada se transformou em um ligeiro chuvisco que não impediu que 18 remadores fossem ao mar, lotando tres canoas.
Águas bem sujas na cidade castigada pelas chuvas das ultimas horas. Nas areias da Praia Vermelha tinha até um sofá, só não dava para descansar a preguiça pois estava emborcado já se deteriorando como o ilustre cidadão que o jogou no mar... Muito lixo boiando, desde garrafas pets até sargaço que deve ter vindo da Lagoa Rodrigo de Freitas ou mesmo lá do canal da Barra.
Canoa pesada de danada sendo deixada para trás pelas outras duas. Ou os meninos estão mesmo a todo vapor ou a equipe feminina cansou antes da hora. Amanhã é dia de descanso...





Mas ainda assim foi uma remada deliciosa, apesar de um ou outro olhar lá para trás acusando o leme de travar a canoa. Deixa estar jacaré, a maré não há de secar! Continuei do jeito que pude tentando não bater o casco na água e nem deixar a ama levantar. A ondulação das esquinas fazia a canoa ficar arisca. Um pouquinho de vento na volta mas nada que prejudicasse a remada, até porque já bastava a maré.
Céu carregado de nuvens, lindo, lindo e fazendo que houvessem poucas embarcações no mar. A lage no posto 6 bate forte levantando uma espuma branca e até proporcionando um surf para a canoa dos meninos. Mas há que se ter sorte...
Lá no posto 6 um pequeno mergulho que só aconteceu mesmo pela troca de posições na canoa. Ali aproveitei para fotografar e somar o registro às fotos de largada e chegada. Durante o percurso, nada de fotos! Hoje ainda era dia de treino...




A pocilga continua lá na calçada aguardando quem não tem medo das perebas lavar os pés. Tanto não choveu que ela já está rasa rasa.
Bonito de ver todo mundo desmontando as canoas, carregando as amas e saindo de mansinho de um amanhecer que acontece para poucos. O resto é mais um dia correndo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

23 de abril de 2011. As beiradas por Tonho...

"puxa...todos viajaram...bem vou remar sozinho..."

Sexta feira...mar calmo...brisa de NO...resolvi dar uma remada de rotina...bem existe isso?
"remada de rotina?
"não mesmo...saindo da P.U base querida, onde mora Ulmo meu amado barquinho,começei a remar para um encontro que me fez repensar todo esse tempo de remo...venho escrevendo,amando,me aborrecendo e conhecendo gente muito legal e amiga...e tambem tive a oportunidade de navegar em varios lugares bonitos pra chuchu ...Ilha Grande,Arraial do Cabo,Parati-Trindade,remada Mad Max em Paquetá...enfim tudo quanto é mar nesta costa tão bonitae espiritual...
esempreseguimeucoração...meapaixonei,superei,conheci,perdi amigos e fiz outros que ficaram guardados em um compartimento mental especial em minha vida...mas sempre chega o tempo em que temos que andar com nossas próprias pernas ou melho,remar com nossos proprios remos emfim...tudo muda...o mundo gira e seguimos em frente tentando melhorar como ser humano e como remador...muito bem...
Estava meio de saco cheio de treino,implorar por carinho(eterno emotivo...não
tem jeito...)fazer todo mundo sorrir como missão de vida...e com isso esqueci de
mim...e deu no saco!!!Meu cabelo cresceu e acredito que voltei a ser o velho e bom Toinho...Tranquilão e feliz...mas tava de saco cheio...
e então veio a sexta santa...não sou catolico mas esse dia é importante pra muita gente...com essa energia espiritual parti pra minha remada da sexta...coisa boba...remadinha de 7 Km até a praia do Dark em Niteroi...logo no começo,percebi que o mar,estava bem espelhado e nele,refletia o globo do sol na minha lata...não enxergava nada...chegando no Lage olhei avante e vi maior reboliço..."como pode?
"pensei..."martavacalmopô!!
"tudobemjapasseivarios perrengues...moleza!!"
quando se esta sozinho no mar a remada muda e medos escondidos aparecem...e derrepente vi uma barbatana..."caraca o que é aquilo?um boca larga??"e depois vi outra mais outra,e outra e mais três pequenininhas...era uma familia de golfinhos..."não pode ser!!viajei pra tudo quanto é lugar e nunca vi nenhum golfinho ao vivo..."chorei...de alegria...de saudade...de um monte de coisas...
"me aproximei um pouco mais deles e confesso que no começo deu medo...são enormesosadultos...quaseoudotamanhodo Ulmo...sãoazuismeiocinzasmassãomansos...sãohumanosmarinhos...atravessei todo o canal da Baía com eles navegando e me acompanhando a uns 10 ou 15 metros de mim...estavamos indo pro mesmo destino...Jurujuba creio...e começei a refletir e me deu uma paz na alma...um sentimento de que o melhor da minha vida ainda esta por vir...e fiquei em paz...
Chegando no Dark,a agua estava cristalina e limpìssima(ta sempre suja)e dei varios mergulhos...fiz cafe...me acomodei depois da refeição na sombra de uma amendoeira e peguei meu livro...adormeci por uma hora eu acho...acordei com varias aves marinhas fazendo uma tremenda algazarra e resolvi voltar...
Ao chegar na PU encontrei a Lari e Marquinhos voltando do posto seis...eles não viajaram...conversamos e sorrimos e quando estavamos nos despedindo vi o Rodrigo(s.r King)com algumas pessoas indo remar...nos saudamos de longe e fomos embora.
Foi um encontro que nunca mais vou esquecer...esses golfinhos...navegaram comigo pra tipo dizer assim..."Caranguejo...você é um homem previlegiado...voce e seus amigos...não perca tempo com quem te faz infeliz...a vida é uma só e voce nunca vai estar sozinho pelo mar e pela vida...voce é um cara querido e de otima convivência...e fiel as pessoas e sua familia...continua assim porque como você mesmo disse,o melhor da sua vida ainda esta por vir.

Obrigado...amigos golfinhos...vejo vocês por aí...
abraço de urso procês

por Tonho Caranguejo

sábado, 23 de abril de 2011

20 de abril de 2011. Vahine sobre águas calmas!








Hoje o treino da equipe feminina foi na Praia da Urca sobre a Vahine. Águas tranquilas sem vento ou correntes que interferissem no navegar. Vahine é uma canoa de madeira leve, de casco diferente das demais, mais conectada com a linha dágua, sendo assim pede águas calmas.
Ali nas beiradas da Praia da Urca os caiaques dormem sobre os cavaletes até Bruno chegar com os remadores e partirem para mais um dia de remada. Entre os cavaletes dividem o espaço Gal e Gil e um amontoado de restos de computador. Que pena!
O sol nasce incendiando o lado de lá da baía mostrando que vai ser mais um dia de calor.









A idéia inicial era fazer o trajeto da Taça Comodoro, prova que acontece nessas águas no dia 1 de maio. Mas veio o Hugo conosco e aproveitamos para fazer ajustes de técnica e de sincronia, tudo vale. Assim também pude fotografar mais a cada parada. Se fosse um treino de percurso, nem pensar em fotografar ou seria arremessada para longe de vahine! Ao longe navios, barcos e até um submarino.


O céu está muito azul mas as águas por ali não ajudam muito ali dentro da baía. Esse é o nosso mar negro! Na beiradinha podemos ver o quão as águas devriam estar transparentes não fosse o descuido da cidade!
Mesmo assim é bom estar com as meninas remando em uma das canoas que mais gosto. O corpo fica justo dentro dela, as pernas ficam mais dobradas já que é uma canoa rasa. Assim podemos girar o tronco, firmar os pés no fundo da canoa e ainda de quebra dar uma olhada nas beiradas e se deslumbrar com tudo. Inclusive com passagem rápida sobre a ponte da prainha do forte. Hoje nenhum guarda veio reclamar. A manhã era mesmo de vahine!




Desembarque descansado de um treino tranquilo, talvez guardando as forças para colocar Vahine sobre o cavalete. Virar Vahine no chapéu para colocá-la no andar de cima nos faz rever o conceito de que essa é uma canoa bem leve. Bem leve só mesmo navegando no mar!